segunda-feira, 7 de maio de 2007

Em silêncio

A delegada Júlia Vergara contou no final da tarde de domingo que ofereceram ao vereador Juarez Silveira a chance de depor mais uma vez, mas que ele preferiu ficar quieto. A ultima frase do depoimento transcrito de Silveira foi "seja o que deus quiser". Deve ser difícil para o vereador manter essa postura, já que sempre foi de falar mais do que devia e deixar muitos recados nas entrelinhas.

Na primeira vez em que deixou o cargo de líder do governo Dário Berger, em setembro de 2005, ele fez um contundente discurso na tribuna da Câmara. Dizia para o prefeito tomar cuidado com seus assessores (prometo procurar o discurso mais tarde). Quando a confusão envolvendo mudanças pontuais de zoneamento chegou ao ápice e obrigou Marcílio Ávila a declarar a tal moratória para esse tipo de pedido (contornada no caso da mudança que permite a reforma do estádio do Figueirense), Juarez mais uma vez foi pra tribuna deixar alguns podres no ar.

Relembremos:

- Eu deixei de vir a Sessão semana passada e estou aqui pensando, será que vale a pena eu ficar aqui, será que não vale a pena eu ser Secretário Municipal, porque eu tenho projetos parados.

- Faz muito tempo que eu não entro com um projeto de zoneamento nessa Casa, não porque a população não me pede é porque eu não quero mais me incomodar, não quero me estressar, tenho nojo de apresentar emenda em primeira e segunda votação, o substitutivo tira a qualidade do projeto porque tem sempre um Papai Noel, sempre tem uma bucha no meio.

-Essa Casa tem dezesseis Senhores Vereadores, eu sempre apresentei projetos para amigos, para clientes ou eleitores, então eu dava entrada, porque não é pecado dar entrada, não é pecado atender corretor, não é pecado atender uma comunidade, não é pecado atender um empresário desde que faça as audiências, desde que se discuta os mapas, desde que se faça às coisas corretas.

- Eu já ajudei metade desta cidade e o Vereador Acácio [Garibaldi, líder do governo Ângela Amin, atualmente suplente] várias vezes me chamou a atenção e me puxava a orelha. Eu fiz vários zoneamentos, para várias pessoas desta cidade e fiz para SINDUSCOM e para todo mundo, não tem problema nenhum, e farei quantas vezes for necessário, mas eu quero audiência pública dirigida, específica, eu quero a comunidade.

Agora fica a expectativa de que Juju volte a ser o falastrão que sempre foi...

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