quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O messias não chegou

A enchente de 1983 destacou a figura do então governador Esperidião Amin, eleito no ano anterior, para a política nacional. Jovem, Amin participou pessoalmente de operações de salvamento e chamou a atenção, a ponto de ter a atuação no episódio lembrada até hoje. 

Até momento, a enchente de 2008 não tem personagem político. Lula demorou a vir, Luiz Henrique parece em se preocupa mais em acalmar os turistas, os pré-candidatos ao governo estadual discursam com os pés limpos. Quem ninguém leia nessa frase uma crítica ou no parágrafo anterior um elogio.

Nada seria mais patético que o governador, já em idade avançada, de galochas ajudando a Defesa Civil em Blumenau. A atuação de Amin em 83 pode ser vista como a de um governante preocupado com o seu povo ou a de um populista querendo visibilidade. Escolham pelas cores que preferirem.

O post é só uma constatação de que nenhum político conseguiu "capitalizar" o desastre, por assim dizer. A menos de dois anos de uma eleição que apresenta cinco candidatos que não entusiasmam, talvez fosse a última chance para um fato novo. Talvez um jovem prefeito de cidade fortemente atingida pela tragédia, recém reeleito em primeiro turno com maioria esmagadora, com os pés sujos de barro. 

Alguém viu João Paulo Kleinünbing?  


Momento 1: Amin ajuda grávida em 1983 (roubada do blog do Carlos Damiao).

Momento 2: Lula vê a enchente quatro dias depois e se supreende quando LHS diz que a água baixou.
 
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