Na época, com Luiz Henrique e Amin ainda no páreo, Antônio Carlos Sontag, quarto colocado na disputa, foi o último candidato a definir quem apoiaria no segundo turno. Valorizou o passe - conversou com o pepista e o peemedebista antes de finalmente apontar seu apoio a LHS. Não tardou para que a coordenação de campanha de Amin divulgasse uma nota um tanto contrangedora contendo a relação de cargos pedidos por Sontag para apoiar o oposicionista (clique na imagem para ampliar).

O que mudou em um ano e oito meses para Sontag e Amin acertarem os ponteiros e garantirem a aliança dos dois partidos não só na Capital, mas também em Joinville? O acerto na maior cidade do estado, inclusive, com intervenção direta de Sontag, já que o partido (e toda a Igreja Quadrangular) já estava fechado com Darci de Matos (Dem).
Bom. Se a lista de pedidos feita a Amin em 2006 era legítima, nunca vamos saber. Mas um dos cargos relacionados nela relacionados foi pedido a LHS em troca do apoio: a diretoria financeira da Celesc. O indicado de Sontag seria o Ênio Branco, mas o empresário acabou perdendo a disputa para Júlio Garcia (Dem), que conseguiu emplacar uma indicação.
Sontag perdeu também a sigla que controlava o estado, o PSB. Foi pego de supresa com a filiação do deputado federal Djalma Berger (então PSDB) logo no começo de 2007. Berger ganhou a franquia do PSB em Santa Catarina e deixou bem claro não tinha espaço dentro dela para o concorrente - sempre lembrando que os Berger são donos da Casvig e Sontag responde pela EBV.
Sobrou ao empresário gaúcho radicado em Florianópolis buscar abrigo no PTB do deputado Narcizo Parizotto, que já o tinha apoiado em 2006. O deputado deixou a Sontag o cargo de presidente estadual da sigla.
Agora é a hora do troco. Será que dessa vez, na lista apresentada a Amin o único pedido era "vingança". Em 2009, saberemos.