terça-feira, 28 de outubro de 2008

A sucessão de Júlio e os Brutus

Passadas as eleições municipais, as atenções se voltam para a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa. Como o deputado Júlio Garcia (DEM) não tem direito a reeleição, os tempos de tranqüilidade, candidatura única e candidato eleito com os votos dos 40 parlamentares, devem chegar ao fim.

Já são dois os postulantes. O primeiro a colocar o nome na praça foi Rogério "Peninha" Mendonça (PMDB), que se declarou candidato a candidato ainda no final do ano passado. Ela não nega o sonho desde a última eleição da mesa diretoria, quando insistia em assumir a vice-presidência, mas acabou com a 1º Secretaria - estrategicamente mais importante para o PMDB por controlar o fluxo dos projetos na Casa.

O primeiro adversário de Peninha não precisaria nem ter o nome citado. É Jorginho Mello (PSDB), que já tentou a presidência por duas vezes e acabou derrotado sempre em decisões apertadas e cheias de puladas de cerca. Vai para a briga de novo. Deve enfrentar Gilmar Knaesel (PSDB) dentro da bancada, se o atual secretário de Turismo, ex-presidente da AL, confirmar a disposição de voltar para o plenário.

Em uma disputa apertada, os 13 votos da oposição podem finalmente fazer a diferença em alguma coisa nessa legislatura. Para onde eles vão? Por enquanto, a intenção da turma é evitar um presidente do PMDB ou do PSDB, privilegiando o DEM na sucessão. A primeira oficial é clara: evitar que o governador e o presidente do AL sejam do mesmo partido. Luiz Henrique (PMDB) continua no cargo até abril de 2010, quando renuncia para concorrer ao Senado e o vice Leonel Pavan (PSDB) assume. Assim, o governista DEM manteria um certo equilíbrio da relação Executivo/Legislativo. Nas entrelinhas do discurso, a vontade mesmo é provocar cobiça e mais fissuras na tríplice aliança, é claro.

A maior dificuldade dos oposicionistas é achar no DEM outro Júlio Garcia. Alguém discreto no comando e disposto a partilhar o poder com todas as bancadas. Daí deve surgir um novo movimento "queremista". Antes da campanha eleitoral, Kennedy Nunes (PP) chegou a esboçar uma mudança constitucional para permitir a reeleição de Garcia. Agora, a pergunta é se haveria tempo para isso. E se Garcia não estaria mais interessado em uma vaga no Tribunal de Contas.

De volta

Depois da divertida experiência no blog Confirma, que cobriu os bastidores da campanha do segundo turno em Joinville, volto minha atenção para cá. Espero conseguir manter a atualização freqüente.
 
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