quinta-feira, 26 de outubro de 2006

República de São José, 2

Vereador da base de apoio ao prefeito Dário Berger (PSDB) comenta alguns dos nomes especulados para recompor o secretariado, após as demissões:

- Ele vem de São José. Mas São José e Florianópolis já é tudo a mesma coisa...

domingo, 22 de outubro de 2006

Remendando a plumagem

Os demissionários Gean Loureiro e Rodolfo Pinto da Luz chegaram sorridentes ao comício cerca de uma hora antes dos convidados principais. O deputado estadual Jorginho Mello foi um dos primeiros a aparecer, enquanto Marcos Vieira só chegou junto com as estrelas da festa.

República de São José

Militantes tucanos de São José estiveram em peso no comício das campanhas de Geraldo Alckmin e Luiz Henrique, realizado na tarde de sábado no Clube Doze de Agosto, no Centro de Florianópolis. Inclusive, muitos funcionários da prefeitura da Capital encontraram ex-colegas que não cruzaram a ponte junto com Dário Berger – que chegou ao evento na mesma van que trazia Alckmin, Luiz Henrique e Aécio Neves. Ao prefeito da Capital coube fazer o primeiro discurso do ato, seguido pelo governador reeleito de Minas Gerais. Completaram a seqüência de discursos inflamados Luiz Henrique, Pavan – que apenas citou os números da pesquisa Ibope recém divulgada – e a estrela da festa, Geraldo Alckmin. Todos os discursos encerrados, começou a tocar a música da campanha de Luiz Henrique e o público começou a dispersar. Foi quando o locutor interrompeu a gravação para avisar que o prefeito de São José, Fernando Elias, também queria fazer o seu discurso. Com o povo ainda saindo, Elias conclamou os presentes a rezar um Pai Nosso – interrompido na metade por ele mesmo para esbravejar contra a falta de fé dos militantes:

- Vamos rezar, porra!

Finda a reza, Fernando Elias – que chegou sozinho ao evento meia hora antes da van das principais autoridades – teve a honra de encerrar o principal ato de campanha de Geraldo Alckmin em Santa Catarina.

ps. A van até que era grande. Na chegada deu pra ver saírem dela Alckmin, Luiz Henrique, Leonel Pavan, Raimundo Colombo, Aécio Neves, Dário Berger, Djalma Berger e Marcos Vieira - além de pelo menos mais seis pessoas.

Os ciganos e os incoerentes

Na coletiva de sexta-feira, Tarso Genro comparou o tratamento recebido pelos petistas na mídia ao dispensado aos ciganos na Idade Média. Reclamava das manchetes dos jornais que generalizavam o termo "petista" em vez de citar os nomes dos envolvidos.

- A criminalização de uma comunidade indeterminada é uma técnica medieval do Direito. É o que foi feito com os ciganos, para não se usar o exemplo mais clássico. Isso não se faz mais no direito moderno e não deveria se fazer na política moderna também.

Ele aproveitou para alfinetar o senador Jorge Bornhausen (PFL), o homem a ser derrotado pelo partido em Santa Catarina.

- É um político em fim de carreira, sem mais comprometimento nenhum com coerência. Não teve coragem de se candidatar este ano e está perdendo a liderança no PFL para pessoas como o governador Cláudio Lembo, um conservador republicano, que não se nega a conversar com os adversários. O senador Bornhausen representa o ódio sectário de quem tem coragem de se referir aum adversário como "essa raça". Isso não nos atinge.

A coerência que Tarso não vê em Bornhausen é a de pedir o mesmo rigor e pressa na investigação do Dossiê Vedoin para o caso do dinheiro encontrado com o ex-assessor da Secretaria Estadual da Fazenda, Aldo Hey Neto.

O profeta

Para todo jornalista que puxava conversa nos minutos que antecederam a entrevista coletiva do ministro Tarso Genro, na sexta-feira, o deputado Carlito Mers (PT) não cansava de lembrar uma conversa que teve com Esperidião Amin há dez anos.

- Eu disse pra ele. Quando você se livrar do Jorge [Bornhausen], a gente vai conversar.

O deputado reeleito também lembrava que advertiu dos perigos de apoiar Luiz Henrique no segundo turno da eleição passada. Na época, as outras lideranças do PT catarinense (Ideli Salvatti, Fritsch, Milton Mendes) disseram que Carlito não devia colocar rivalidades regionais na frente do interesse estadual.
 
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