sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Eu também quero votar

A Assembléia Legislativa não perdeu a chance de votar a prorrogação da CPMF. O tema agita o Congresso Nacional e o noticiário, então os nossos deputados mobilizaram suas bancadas governistas e oposicionistas (bastante remodeladas) para a votação - que lembrou aquelas eleições de brincadeirinha das escolas primárias. Na verdade, o que foi posto em votação na terça-feira foi uma moção do deputado Gélson Merísio (DEM) de apoio ao relatório da senadora Kátia Abreu (DEM), que pede a extinção do tributo.

Atento, o deputado Pedro Uczai (PT) pediu a palavra para relembrar que apesar de adversários no estado, PT, PMDB e PP fazem parte da base aliada ao governo federal e deveriam se manifestar. Mais parlamentares discursaram, entre eles o Nilson Gonçalves (PSDB) - que se revelou o mais ardoroso defensor do imposto. "Querem acabar com a CPMF agora que ela está indo para quem precisa?", questionou o deputado, em referência aos programas sociais abastecidos por essa verba. Foi pedido voto aberto, que resultou em um empate.

Com o voto de minerva, o presidente da AL, deputado Júlio Garcia (DEM) desempatou, aprovando a moção. Não sem antes relembrar o episódio em que desempatou a favor do PT o resultado da moção que apoiava Emir Sader, condenado a um ano de prisão em regime aberto por um artigo em que criticava o ex-senador Jorge Bornhausen (DEM). Uma boa lembrança de que, em se tratando de PFL, um dia a fatura vem. Mesmo em assuntos tão inócuos quanto moções de apoio ou repúdio.

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