Para os governistas era claro. Como o voto dos ministros pode ser alterado e uma nova defesa seria apresentada, nada garantia que o placar - que apontava 3 a 0 contra LHS - seria obrigatoriamente mantido. Os oposicionistas alegavam que o acórdão não invalidava os votos dados.
Agora, pode-se dizer tranquilamente que o jogo está novamente zero a zero. Os três ministros que que votarem pela cassação do governador estão fora do TSE. A despedida de Gerardo Grossi já havia se dado no dia em que o tribunal votou pela citação de Pavan. Em seguida, foi a vez de José Delgado, o relator do processo que, em sua argumentação, fundamentou o voto pela cassação.
Hoje, surge a notícia de que se despede Ari Pargendler. Ele foi o ministro que pediu vista ao parecer de Delgado e, oito meses depois, deu um voto ainda mais incisivo pela cassação. Com isso, o processo - com outro relator, o ministro Felix Fischer - será analisado por um grupo de ministros bem diferente do de fevereiro.
Não que as coisas tenham melhorado muito para os governistas. Na época, Marcelo Ribeiro e Carlos Ayres Britto deram indicativos de que também teria votado pela cassação. Britto, inclusive, era contra a citação de Pavan e foi veemente na argumentação que derrubou a tentativa de Marco Aurélio Mello, então presidente do TSE, de arquivar a ação.
Sem comentários:
Enviar um comentário